terça-feira, 29 de março de 2011

Os 156 anos de Aracaju


Foto: Arthur Alexandre
Todos os anos, o MUHSE participa ativamente do aniversário de Aracaju, promovendo seminários e exposições cujo tema tem como pano de fundo as transformações históricas ocorridas por nossa cidade. Em 2011 não foi diferente. O tema escolhido foi na área de Saúde. Nos dias 1/03, 2/03, 15/03, 16/03 aconteceu o seminário intitulado “Epidemias: manchas e marcas na sociedade”, realizado na Biblioteca Pública Epifânio Dória, com as participações do superintendente da SMTT Drº. Antônio Samarone, do jornalista Ivan Valença, dos cordelistas Ronaldo Dória e Zezé de Boquim, do Prof. Dr. Antônio Lindvaldo Sousa, entre outros.

Ainda fazendo parte das comemorações dos 156 anos de Aracaju, foi inaugurada no dia 16 de março a exposição “O corpo doente da cidade: as epidemias em Aracaju”, na qual a nossa cidade é vista em momentos de fragilidade social causado pela agonia de se ter uma doença dizimando sua população.
A escolha do tema para a exposição comemorativa do 156º ano da cidade é um modo de apresentar outra face da moeda da história local, pouco conhecida: as marcas deixadas no corpo da cidade e da sua população pelas epidemias ocorridas em 1855/56 – o colera morbus; em 1918 – a gripe espanhola, também conhecida como influenza; e a dengue que nos últimos anos emerge na cidade.


O roteiro da exposição está estruturado em três cortes cronológicos, que correspondem a três epidemias que marcaram a cidade de Aracaju.


Abertura da exposição.
Foto: Arthur Alexandre
1º NÚCLEO
O Cólera Morbus: As febres do Aracaju. 1855 – 56
Na cidade projetada faleceu o Presidente Ignácio Barbosa. É na nova capital com seus problemas de insalubridade e com uma população vinda de outras cidades e vilas, que a epidemia do cólera morbus se instala vitimando a população.

2º NÚCLEO
A gripe espanhola: A febre dos três dias.
O mundo envolvido com a 1ª Guerra Mundial (1918) vê uma forte gripe com febre alta atingir a população européia de agosto a novembro pelo vírus influenza; logo a gripe chegou à América, a Sergipe e a Aracaju, deixando suas manchas e marcas.




3º NÚCLEO
A dengue: Uma epidemia emergente – 2011
Entre o final do século XX e o início do século XXI, a dengue, febre provocada pelo mosquito Aedes Aegypti que continua marcando a sociedade aracajuana.








Foto: Arthur Alexandre

A exposição estará em exibição até dia 04 de abril de 2011.

Realização:
Museu do homem Sergipano
Rua Estância, 228
49000-000 Aracaju/SE
Fone: (79) 3302-5840
Horário: Segunda à Sexta-feira   09h às 12h
                                                     14h às 18h
            Muhse_ufs@yahoo.com.br


Instituições que apoiaram a exposição com empréstimo de acervo:

  • Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe
  • Secretaria de Estado da Cultura – SECULT
  • Coordenação do Livro e da Leitura
  • Arquivo Público Estadual de Sergipe
  • Departamento de Morfologia/UFS
  • Biblioteca Pública Epifânio Dórea – SECULT
  • Museu Histórico de Sergipe
  • Antiquário D’Epoca
  • Antiquário Fragmento

Dicas de leitura sobre o tema:

1.      AGUIAR, Fernando José Ferreira. “Em tempo de solidão forçada”. Epidemia de varíola, sistema de saúde, costumes e fé em Sergipe novecentista. Dissertação de mestrado apresentada ao Mestrado em História da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Federal da Bahia. Salvador: UFBA, 2002.
2.      FELIPE, Cintia Pereira e ARAÚJO, Daniel Ferreira Barros de. O Império da Influenza. A representação da gripe espanhola nos Jornais de Aracaju (1918). Monografia apresentada como requisito para obter o grau de licenciado em História. Aracaju: UNIT, 2006.
3.      SANTANA, Antônio Samarone de. As febres do Aracaju: dos miasmas aos micróbios. Aracaju: Edição do autor, 2001.

Os títulos estão disponíveis na biblioteca do MUHSE, na BICEN/UFS e na biblioteca da UNIT.




Um comentário:

  1. Olá tenho um antiquario em Aracaju e gostaria de apoiar se for necessario.
    Email. paixaoantiguidades@live.com
    Site. www.paixaoantiguidades.com.br

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